SACI NA CIDADE INVISIVEL
A lenda do Saci-pererê é considerada uma das mais emblemáticas do folclore brasileiro. O Saci-pererê, ou simplesmente saci, é um menino negro e travesso, que fuma cachimbo e carrega uma carapuça vermelha que lhe concede poderes mágicos. Uma das importantes características desse personagem é que ele possui apenas uma perna.
A
história do Saci-pererê O Saci-pererê é um personagem muito travesso que se
diverte fazendo brincadeiras com os animais e com as pessoas. Suas principais
travessuras são trançar os cabelos dos animais durante a noite, fazer sumir objetos
(como os dedais das costureiras), e ainda, assobiar de maneira muito estridente
para assustar os viajantes. Reza a lenda que ele costuma atrapalhar o trabalho
das cozinheiras, trocando os recipientes de sal e açúcar ou fazendo-as queimar
a comida. Além de suas travessuras, é importante notar que o Saci tem o domínio
das matas e, por isso, possui outra função denominada “farmacopeia”. Assim, o
Saci é o guardião das ervas e das plantas medicinais. Ele conhece suas técnicas
de manuseio e de preparo, bem como de sua utilização acerca dos medicamentos
feitos a partir de plantas. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado
um personagem maléfico, pois ele guarda e cuida das ervas sagradas presentes na
mata e ainda, costuma atrapalhar e confundir as pessoas que as coletam sem
autorização.
Por fim, ao morrer, o Saci torna-se um cogumelo venenoso. A origem do Saci-pererê Originária nas tribos indígenas do sul do Brasil, a lenda do Saci-pererê existe desde fins dos tempos coloniais. O termo “Saci" é oriundo do termo tupi sa'si que representa o nome de um pássaro. Esse pássaro é conhecido pelos nomes “Saci”, “Matimpererê” ou “Martim-pererê”, em tupi: matintape're.
Ela
é contada em todas as regiões brasileiras e, por isso, a estória modifica-se
conforme o local. Em alguns lugares esse personagem possui nomes diferentes
como: Saci-Cererê, Matimpererê, Matita Perê, Saci-Saçurá e Saci-Trique. Inicialmente,
o Saci era retratado como um personagem negro e endiabrado, que possuía duas
pernas e um rabo. A partir da influência africana, ele perde a perna lutando
capoeira e adquire o hábito de fumar o pito, ou seja, o cachimbo.
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